sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio+20


Depois de nove dias, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, chega ao fim.
Ás 20h31 da sexta-feira, 22/06, pelo horário de Brasília, a presidente Dilma Rousseff agradeceu a participação dos representantes de mais de 190 países e fez o discurso de encerramento da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20.Os chefes de estado estavam reunidos na cerimônia. Eles que vão assinar o documento final da conferência, um texto que ONGs, sociedade civil e algumas autoridades consideraram pouco ambicioso.São os últimos momentos de uma conferência que deixou no ar a impressão de que houve poucos avanços. O texto final que custou tanto tempo e discussão tem 49 páginas e um título que promete mais do que o documento entrega: O futuro que queremos.Sob críticas da sociedade civil e de alguns governos, pontos importantes ficaram de fora.Brasil e China lideravam um bloco de países que defendiam a criação de um fundo de US$ 30 bilhões anuais para financiar o desenvolvimento sustentável em nações pobres. Isso foi retirado do documento, por pressão dos países ricos.



Parte dos países mais pobres, especialmente os africanos, esperavam que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) ganhasse o status de agência, como é o caso do Unicef, por exemplo, que tem mais orçamento e poder. O documento final fala apenas em reforçar o papel do PNUMA.Mas a conferência também chegou a alguns resultados. O mais importante deles foi o estabelecimento de uma data: a partir de 2015 o mundo deverá adotar os objetivos do desenvolvimento sustentável. Será um conjunto de metas para gerar emprego e renda sem aumentar a destruição do meio ambiente. E se faltam medidas práticas, pelo menos algumas promessas importantes foram feitas no documento final.Todos os países concordaram que, em tese, os incentivos fiscais aos combustíveis fósseis devem ser reduzidos. É um desafio para o Brasil, por exemplo, que subsidia o diesel e está se tornando um grande produtor de petróleo.Um compromisso antigo foi reafirmado: até 2015 países ricos tentarão repassar 0,7% de seus PIBs como ajuda aos países mais pobres. Mas esta não é uma meta obrigatória e com a Europa em crise, é possível que não seja alcançada.Mohammed Yunus, conhecido como o banqueiro dos pobres e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, diz que, apesar das divergências, sai do Rio inspirado a continuar tentando salvar o planeta, principalmente, com o engajamento das gerações mais jovens.Como a do menino Galileo Kun, de 4 anos. Em uma conferência marcada pela falta de decisões importantes, muita gente resolveu registrar o simples gesto de plantar uma muda de árvore. A esperança é verde.

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